Quem sou eu

O blog tem como tema a estória da construção e arquitetura de Brasília. Informações sobre os pioneiros da cidade, sua edificação e estrutura urbana. Também irá abordar novidades da cidade: novas construções, eventos relacionados a arquitetura e ao patrimônio cultural.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Lúcio Costa e o Eixão


Sempre que ocorre um acidente grave, com vítimas fatais (e, infelizmente, isso tem ocorrido com grande freqüência), os jornais apelidam o Eixo Rodoviário de “Eixão da Morte”. Surgem, então, diversas propostas para enfrentar o problema. Em decorrência do último grande desastre automobilístico, foi divulgada a idéia de se implantar “guard-rails” ou outras barreiras adotadas em rodovias (talvez do tipo New Jersey), na separação entre as duas pistas. Claro que algumas vozes contrárias se levantaram, alegando tratar-se de área tombada e propondo a manutenção do “status quo”.

A leitura atenta do memorial do plano piloto de Brasília nos mostra a sensibilidade de Lúcio Costa para com o aspecto vivencial de Brasília, caracterizando ao lado da monumental “civitas”, a “urbs”, ou, nas suas próprias palavras: “... cidade viva e aprazível, própria ao devaneio e à especulação intelectual, capaz de tornar-se, com o tempo, além de centro de governo e administração, num foco de cultura dos mais lúcidos do país”.

Em referência específica ao eixão, assim se expressou o grande mestre do urbanismo: “E houve o propósito de aplicar os princípios francos da técnica rodoviária _ inclusive a eliminação de cruzamentos _ à técnica urbanística, conferindo-se ao eixo arqueado, correspondente às vias naturais de acesso, a função circulatória-tronco, com pistas centrais de velocidade e pistas laterais, para o tráfego local, e dispondo-se ao longo desse eixo o grosso dos setores residenciais”.

Por outro lado, a preocupação com o verde assim se expressa no texto de Lúcio Costa: “Quanto ao problema residencial, ocorreu a solução de criar-se uma seqüência contínua de grandes quadras dispostas em ordem dupla ou singela, de ambos os lados da faixa rodoviária e emolduradas por uma larga cinta densamente arborizada, árvores de porte, prevalecendo em cada quadra determinada espécie vegetal, com chão gramado e uma cortina suplementar intermitente de arbustos e folhagens, a fim de resguardar melhor, qualquer que seja a posição do observador, o conteúdo das quadras visto sempre num segundo plano e como que amortecido na paisagem.”

Decorridos 30 anos da apresentação do plano-piloto, a seu autor manifestou-se no relatório Brasília revisitada (1987): “Não menos evidente é o fato de que – por todas as razões – a capital é histórica de nascença, o que não apenas justifica mas exige que se preserve, para as gerações futuras, as características fundamentais que a singularizam”. Prosseguindo: “É exatamente na concomitância destas duas contingências que reside a peculiaridade do momento crucial que Brasília hoje atravessa: de um lado, como crescer assegurando a permanência do testemunho da proposta original, de outro, como preservá-la sem cortar o impulso vital inerente a uma cidade tão jovem”.

Estamos agora, praticamente às vésperas do cinqüentenário da inauguração de Brasília. Já faz mais de cinqüenta anos da elaboração da proposta urbanística. A técnica rodoviária evoluiu, assim como a fabricação de veículos, hoje muito mais potentes e velozes e, sobretudo, muito mais numerosos (aumentando cada dia). Dessarte, faz sentido a colocação de uma proteção na faixa central do eixo rodoviário-residencial, haja vista que se destina a preservar vidas humanas. Isso não implica em descaracterização dos aspectos fundamentais do plano-piloto, a saber suas quatro escalas urbanas: a monumental, a residencial, a gregária e a bucólica.

Entretanto, a simples colocação de “guard-rails” ou outra barreira seria altamente antiestética. Afinal, trata-se da rodovia mais importante do país, cartão postal de sua capital. A volumetria paisagística tem uma grande importância na proposta urbanística de Brasília, como está claro na memória descritiva do plano-piloto. Assim, entendemos que há necessidade de um estudo paisagístico para se definir uma solução: uma cortina de arbustos e folhagens sobre chão gramado, intercalada com canteiros de flores, cobrindo e disfarçando a barreira metálica ou de concreto?

Estamos seguros da importância atribuída ao paisagismo por Lúcio Costa e certos de que a idéia ora apresentada, além de melhorar a segurança rodoviária, contribuirá para o embelezamento de Brasília, e fará cair no esquecimento o Eixão da Morte, que se transfomará no Eixo Verde e das Flores.

CARLOS ROBERTO MOURA
Presidente da Febrae


Início do Eixo Rodoviário sul, a partir da Rodoviária. Foto: 9-Set-2003 (inverno / winter).

Eixo Rodoviário


O Eixo Rodoviário é a principal via de acesso à cidade, do sul e do norte, planejada para oferecer rapidez e, ao mesmo tempo, harmonizar-se com a tranqüilidade dos setores residenciais Asa Sul, Asa Norte — que corta ao longo de cerca de 14 km.
A arborização amortece o ruído e a poluição, proporcionando às quadras residenciais um ambiente bucólico (nas palavras de Lúcio Costa), com a comodidade de uma avenida ampla e desimpedida.
Eixão
A pista central ("Eixão") tem três faixas de rodagem em cada sentido, sem semáforos ou faixas de pedestres, com limite de velocidade fixado em 80 km/h (via principal). — A velocidade é reduzida na travessia da Rodoviária, no centro da cidade.
Acessos às pistas laterais ("Eixinhos") permitem que o motorista deixe a pista de alta velocidade já nas proximidades do ponto de destino.
O trânsito no Eixão é proibido aos caminhões. O trânsito de ônibus é reduzido, mas acontece.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Franccisco Pedro

Olá, sou o Franccisco Pedro, de 19 anos. Estou cursando arquitetura no UniCeub e me sinto realizado com esta escolha. Optei pelo curso por uma aptidão pelo desenho e confesso que morar em Brasília, uma cidade tão trabalhada e bem elaborada do ponto de vista da arquitetura e do urbanismo contribuiu também para minha opção profissional!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Luiz Felipe

Olá! Meu nome é Luiz Felipe, tenho 19 anos e curso Arquitetura e Urbanismo no Uniceub. Comecei o curso porque sempre gostei de ver a arquitetura na História do mundo, suas construções etc. A arquitetura me fascina por sua complexidade de formas para contruir algo que aos olhos de um leigo parece simples. Também iniciei o curso em função dos meus pais que trabalham com aquecimento solar para água em residências. Penso em construir casas sustentáveis, adaptadas a essa fonte de energia.

Marianna

Marianna Trindade, 19, sou estudante de Arquitetura e Urbanismo. Não apenas "escolhi" o curso de arquitetura mas sempre vivi e admirei a arquitetura em si, principalmente a de Brasília. Meu objetivo nesse curso é realizá-lo sob novas perspectivas da Arquitetura para auxiliar e melhorar a vida em sociedade daqueles com os quais eu vier a trabalhar.

Lorena

Meu nome é Lorena, tenho 19 anos, estou cursando o segundo semestre de arquitetura. Amo meu curso e espero realizar-me nessa profissão. A arquitetura está definida como minha carreira desde os meu 15 anos, por dois motivos especiais e determinantes: a influência do meu avô, pioneiro em Brasília, e a transformação da casa reformada do meu vizinho. Meu avô amava e defendia Brasília e com ele conheci estórias da capital. De estória em estória, fui encantando-me com a cidade e sua arquitetura. Enquanto isso, me impressionava com os resultados da reforma da casa do meu vizinho. Assim, estava escolhida a arquitetura como minha profissão.

Tatiana

Meu nome é Tatiana. Gosto muito da arquitetura de Brasília e acho que os moradores daqui são previlegiados por terem uma urbanização tão viva no dia-a-dia.

Ana Carolina

Meu nome é Ana Carolina , estou cursando o segundo semestre de arquitetura e gostando muito do curso. Pretendo trabalhar com projetos de casas e fachadas.